29º TROFEU ANGELO AGOSTINI: O SUCESSO DA FESTA!
Aconteceu no último dia 2 de fevereiro a festa de entrega do 29 TROFÉU ANGELO AGOSTINI. O evento realizado nos últimos dois anos no INSTITUTO CERVANTES, chega agora a um local que é um marco na cidade de São Paulo: o Memorial da América Latina! Projetado por Oscar Niemeyer, o complexo dispõe de amplos espaços para exposições, auditórios, uma galeria de arte, uma biblioteca com acervo de 30 mil títulos, enfim, um verdadeiro templo de cultura e conhecimento que, acredito, muitas pessoas ainda não conheçam. Ou conheciam. Sim, porque o evento trouxe um grande público que vibrou não só com a festa, mas também por estar em um local tão especial.
João Batista de Andrade e Gonçalo Junior (respectivamente Diretor-Presidente e Gerente de Comunicação do Memorial) abrem a cerimônia
Pela primeira vez, fiz parte da organização do evento, o que talvez não me credencie a falar sobre ele, mas precisava colocar aqui tudo que vi e senti.
No mês de dezembro, Bira Dantas já havia me chamado para conhecer o João Batista de Andrade, diretor do Memorial, junto a outros membros da AQC. Eu não tinha ligado o nome à pessoa. João Batista é um de nossos maiores cineastas, diretor de filmes como O Homem que virou suco (1980), A Próxima Vítima (1983) e O País dos Tenentes (1987) este último com Paulo Autran. Também não sabia que Gonçalo Junior, o maior historiador da nona arte brasileira, estava atuando como Gerente de Comunicação do Memorial. Foi ele quem nos abriu as portas. Foi ele quem nos apresentou João Batista.
Formou-se uma pequena equipe para realizar esse evento. Sem programar, sem escolher ninguém, apenas a vontade de fazer diferente nos uniu. E apesar do pouco tempo e nenhum patrocínio conseguimos fazê-lo.
O que mais marcou para mim nisso tudo, foram as pessoas com quem pude trabalhar. Um privilégio.
Bira Dantas, Marcatti, Marcos Wenceslau, Eduardo Vetillo, Fernando dos Santos, Aparecido Norberto. Pequena grande equipe. Vocês fizeram a diferença. Foi muito bom trabalhar ao lado desses grandes artistas. Velhos e novos amigos. Nossa querida Cida Candido também arrebentou na divulgação. Minhas sinceras homenagens a todos.
Fazer parte da mesa redonda sobre Os Trapalhões no Estúdio Ely Barbosa, foi outra emoção forte para mim. Afinal, esse gibi foi o início da minha carreira. Trabalhei já em sua fase final (1986-87) e tive a honra de colorir várias histórias e capas, desenhadas pelo Cidão, Vetillo e Pontes. Tudo sob a batuta do grande Ely Barbosa.
Mesa Redonda sobre o gibi dos Trapalhões. Da esq. para a direita: Aparecido Norberto, Bira Dantas, Eduardo Vetillo e eu ao microfone.
Durante o debate foi exibida na íntegra a hq especial "Os Trapalhões e seus desenhistas nos tempos da Bloch", criação de Bira Dantas que pode ser vista em
Apurados os 15 mil votos recebidos, a premiação espelhou o que de melhor foi feito na hq brasileira em 2011. Franco de Rosa anunciava os escolhidos que subiam ao palco para receber o tradicional troféu.
Danilo Beyruth, por Astronauta Magnetar (representado por Sidney Gusman), Petra Leão (Turma da Mônica Jovem), Jean Galvão, o pessoal do Quadrante Sul, RPG Last Fantasy, Gibicon de Curitiba, enfim, parabéns a todos os premiados.
E parabéns também aos mestres: Marcos Maldonado (que também trabalhou no gibi dos Trapalhões), Jô Fevereiro e Júlio Emílio Braz.
Eu entregando o prêmio de melhor desenhista para Sidney Gusman, que representou Danilo Beyruth, pelo álbum Astronauta Magnetar.
Petra Leão, melhor roteirista por Turma da Mônica Jovem
Jean Galvão e o merecido troféu de melhor cartunista
A homenagem aos que se foram, com imagens de seus trabalhos projetadas no telão e a justa homenagem ao criador e mantenedor do Troféu AA, Worney A. Souza, foram outros dois momentos marcantes do evento.
A Comix compareceu com a sua tradicional exposição e venda de revistas e movimentou o salão da Biblioteca Latino-Americana Victor Civita.
Marcos Maldonado, letrista de TEX entre tantos outros títulos. Mestre do Quadrinho Nacional.
Projeções no telão, contavam um pouco da história dos premiados através de seus trabalhos. Criação e execução de Marcos Wenceslau.
E por fim, a exposição OS TRAPALHÕES NO ESTÚDIO ELY BARBOSA, que enchia os olhos dos visitantes. Afinal, ver as artes originais de um gibi produzido durante a década de 1980, seus rafes, roteiros, capas e até uma guia de cores da época, é uma oportunidade única para os fãs do quarteto.
Foi muito bom conhecer, ver e rever, pessoas como Tony Fernandes (criador do gibi APACHE, pela Editora As Américas), Luigi Rocco (cartunista, que também ilustra livros da Saraiva, onde trabalho), Jótah (criador da Turma do Barulho), Marcelo Cassaro (Holy Avenger), Primaggio Mantovi (outro grande mestre e amigo), Gilmar, Walter Vetillo, José Wilson Magalhães, Altemar Domingos, Luis Carlos Sales, Edgar Guimarães, Kendi Sakamoto (programa Quadrinhos para Quadrados e Redondos), Antonio Luiz Cagnin (mais um mestre).
O Troféu Angelo Agostini beira os 30 anos renovado. Novo local, mais dinâmico, com mais participação do público, com eventos paralelos, debates, mas sempre mantendo a reverência e a justa homenagem a quem ajudou a construir a história da história em quadrinhos brasileira.
E que venha o próximo.
Em tempo: a Exposição OS TRAPALHÕES NO ESTÚDIO ELY BARBOSA, fica aberta até o dia 28 de fevereiro. Repito, sou suspeito pra falar, mas garanto que você vai gostar.
Eu com Tony Fernandes
Com Marcos Wenceslau
Jótah, Marcos Maldonado e Sra e Tony Fernandes
Fernando dos Santos, Marcatti, Luigi Rocco, Gilmar, Franco de Rosa e Gonçalo Junior
FOTOS: Thiago Calheiros, Cida Candido e Daniel Silva
Agradecimentos:
Otavio Barbosa, Thereza Barbosa e Rose, que nos abriram as portas de sua casa e antigo estúdio para "garimparmos" os originais para a exposição.
Apoio e divulgação do HQ MANIACS, HQFAN (Thiago Catatau), IMPULSO HQ (Renato Lebeau), Jota Silvestre (Papo de Quadrinho)
INARCO (Confecção dos belíssimos troféus)
Primaggio Mantovi, Franco de Rosa, Edgar Guimarães, sempre presentes
A todos os amigos, queridos, que estiveram prestigiando o evento. Público é tudo!
Daniel Silva, meu irmão, pelas belas fotos.
Laís Camargo, Cidinha e toda a equipe brilhante do Memorial.
Terezinha Silvestri, minha esposa, pelo apoio de sempre, pela divulgação e incentivo.
Gonçalo Junior e João Batista de Andrade. Sem o apoio deles, não teríamos feito nada.
Puxa, eu queria muito ter ido, principalmente pra ver essa palestra sobre os quadrinhos dos Trapalhões. Agora é torcer pra que alguém tenha gravado. E parece que o evento foi muito legal mesmo! Obrigado por compartilhar com a gente.
ResponderExcluirAlex, parabéns pela bela matéria de cobertura sobre o evento Agostini e as demais matérias. Essa sobre a RGE e a galera q produzia as revistas do sítio, está show de bola. Boa semana e muito sucesso! Adorei seu blog. Gde mano amplexo!
ResponderExcluirTony! É uma honra para mim ter vc aqui no meu blog. Eu que sou admirador de seu trabalho a tantos anos, puxa vida! Muito obrigado pelas palavras!
ResponderExcluir